segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Historia do meu sobrinho


Marcone falou pra mim
Que foi caçar com cachorro
Passou três dias no morro
Brigando com guaxinim
Um alqueire de capim
Na luta foi destruído
Marcone saiu ferido
Mais trouxe a fera na frente
O guaxinim é valente
Mais hoje encontrou marido

Na estrada de Tabira
As onze hora da noite
Marcone ouvia um assoite
Por trás de uma macambira
Saca um revolver e atira
Naquele vulto esquisito
Em meio da fumaça um grito
Após um grito uma tocha
O pú cortando uma brocha
Se disser eu acredito

Dez homens foram botar
Uma suína no carro
Ficaram tirando sarro
Marcone sem ajudar
Depois que tudo cansar
Saiam de perto de mim
Comboio de macho ruim
Mandou tudinho ir pra bosta
Apostou ganhou a posta
Butou a porca sozinho

Na capital Bandeirante
Marcone enquanto bebia
De repente aparecia
Uma patrulha gigante
Um negro deselegante
Descia da viatura
Antipático cara dura
Mais ruim do que a murrinha
Não encontrou mais eu tinha
Dois revolver na cintura

Marcone foi caçar peba
Pras banda de Solidão
Levou Nilton seu irmão
E um sobrinho de Seba
Num campo de jurubeba
Contou dezoito macaco
Tirou a rede do saco
Enquanto a rede ele armou
O seu cachorro acuou
Doze peba num buraco

Fez Marcone um cativeiro
Ou acredite ou se feixe
Criou mais de dois mil peixe
No tanque do seu banheiro
Notou ficando vasqueiro
A piaba e o corro
Eu vou armar um quichó
Se não o peixe se acaba
Quem pegou toda a piaba
Foi um casal de socó

Marcone comprou um galo
Torcedor do Botafogo
Na noite que tiver fogo
Faz questão de acorda-lo
Nem Parrera nem Zagalo
Tem um correto vigia
No seu galo ele confia
Só chama na hora certa
Com o horário ele acerta
Seja noite ou seja dia.

Disse Marcone o seguinte
Que foi pescar em Tabira
Arrastou uma traíra
Coma mais de um metro e vinte
Nesse momento em ouvinte
Pisava sobre o meu pé
Disse mostre o gerere
Que arrastou essa feira
Estou pensando que irá
Um famoso jacaré

Nenhum comentário:

Postar um comentário